A Alfonsina Storni

Lenilde Freitas

O bulício do amanhecer
destranca as portas da sabedoria.

É o mesmo e não é o mesmo
o destino dos homens.
Com a chuva vigorosa,
as enredadeiras se desvencilham
dos muros os ventos recuam e
poucas cigarras sobrevivem.

Assim, agora.

A mulher
– passante -
se desveste da cor cambiante do sonho.


Tributos, Editora Giordano, 1994 - S.Paulo, Brasil